MPTO junta novas provas e requer julgamento de ação que pede melhorias no transporte público de Palmas
Diante das diversas reclamações que recebe semanalmente sobre a precariedade do transporte coletivo em Palmas, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) juntou, no dia 9, novas provas ao processo judicial que requer a reestruturação do serviço. Também solicitou que a ação seja julgada antecipadamente, por considerar que os fatos são relevantes e já foram comprovados ao longo do processo.
No dia 9, foram juntados ao processo depoimentos de diversos usuários que demonstraram uma profunda crise no sistema, conforme avaliou o promotor de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira.
São relatadas situações de linhas que não circulam nos horários de pico, esperas que ultrapassam 1h30 nos terminais, trabalhadores e estudantes prejudicados por atrasos sistemáticos, falta de acessibilidade para pessoas com deficiência e veículos com portas emperradas, sem ar-condicionado e em más condições de funcionamento.
A ação civil pública que requer as medidas tramita na 2ª Vara da Fazenda Pública de Palmas desde dezembro de 2023. Ao ingressar com a ação, a 15ª Promotoria de Justiça da Capital requereu a reestruturação da frota (com ampliação do número de ônibus em circulação), o cumprimento rigoroso dos horários e itinerários estabelecidos, a fiscalização efetiva dos contratos e das concessionárias, além da adoção de medidas emergenciais para assegurar um transporte público digno e eficiente.
Ao longo do processo, foram juntados relatório técnico detalhado sobre as falhas operacionais, relatos de usuários indignados com atrasos e superlotação, fotografias e vídeos de ônibus em condições precárias e requisições administrativas não respondidas pelo município.
“A crise no sistema de transporte coletivo urbano de Palmas não é recente. Há anos, milhares de cidadãos enfrentam atrasos, superlotação, veículos sucateados, descumprimento de horários e falhas graves de acessibilidade. A realidade nos terminais e pontos de ônibus da capital é, infelizmente, marcada pela indignidade. Trata-se de uma situação que afeta especialmente a parcela mais vulnerável da população – trabalhadores, estudantes, pessoas com deficiência e idosos – e que compromete diretamente o exercício de direitos fundamentais, como o acesso à saúde, à educação e ao trabalho”, avaliou o promotor de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira.
Notícias Relacionadas

MPTO instaura procedimentos para apurar qualidade da água fornecida em Palmas

Ministério Público pede fim do uso de amianto em rede de água de Novo Acordo e cobra solução para crise hídrica

Ministério Público promove reunião de BRK com moradores para buscar soluções para o fornecimento de água em Araguaína

Tarifa social de água e esgoto: MPTO instaura procedimento para averiguar concessão de benefício a famílias de baixa renda

Em ação do MPTO, Supremo Tribunal Federal mantém decisão que proíbe faculdade de Porto Nacional de cobrar taxa pela emissão de documentos

MPTO realiza debate sobre legislação de consumo e sua relação com os direitos humanos