FÓRUM TOCANTINENSE DE COMBATE DOS IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS
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21/03/2016

Entidades se unem para criação do Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos

João Lino Cavalcante


Com a presença de dezenas de entidades parceiras, foi criado na última sexta-feira, 18, o Fórum Tocantinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos. Em evento realizado na sede do Ministério Público Estadual (MPE), além dos Ministérios Públicos Estadual Federal e do Trabalho, 14 entidades que representam órgãos governamentais, sociedade civil, universidades e centros de pesquisas do Estado, formalizaram a adesão ao Fórum, que tem o objetivo de proporcionar o debate das questões relacionadas aos agrotóxicos de modo a fomentar ações integradas entre os órgãos que integram o espaço de debates.


O evento contou com a presença do Procurador do Trabalho e coordenador do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, Pedro Luiz Serafim, que salientou a importância do debate sobre o assunto. “O Fórum vai potencializar e fazer cumprir a lei. Não é um espaço só de debates. É um fórum de resultados. A presença dos Ministérios Públicos permite que se recebam denúncias que podem resultar em processos administrativos e judiciais”.


Além da criação e adesão oficial das instituições ao Fórum, durante o evento desta sexta-feira, foi apresentado, discutido e aprovado o regimento interno. No próximo encontro, além da instalação do Fórum, os membros do Fórum escolherão os coordenadores adjuntos, definirão as comissões temáticas, além da estruturação do plano de trabalho para o biênio 2016/2017.


O Tocantins é o 19º Estado a oficializar a criação do Fórum. Para o Procurador de Justiça José Maria da Silva Júnior, escolhido para coordenar os trabalhos, os debates resultarão em ações práticas. “O Fórum surge como um espaço de articulação entre as várias entidades que o integram, para a discussão de tema voltado para a saúde do consumidor, do trabalhador, bem como seus impactos no meio ambiente. O objetivo é que que sejam encaminhadas soluções visando o controle por parte dos órgãos responsáveis e a prestação de informações mais qualificadas para a sociedade”, comentou José Maria.


Dados

De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), o uso de agrotóxicos no Brasil aumentou exponencialmente nos últimos tempos. Entre 2001 e 2008, a venda saltou de US$ 2 bilhões para um patamar de mais de US$ 7 bilhões, quando o País alcançou a posição de maior consumidor mundial desses produtos. Em 2009, o consumo ultrapassou a marca de 1 milhão de toneladas de agrotóxicos, o que representa 5,2 kg de veneno por habitante.