MPTO capacita novos promotores de Justiça em comunicação não violenta e escuta ativa para atuação humanizada

O Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO), por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Cesaf), promoveu mais um importante módulo do Curso de Promoção da Saúde Mental, dessa vez com foco em "Comunicação Não Violenta e Escuta Ativa". A iniciativa, realizada na última sexta-feira, 25 de abril, foi direcionada aos promotores de Justiça substitutos.

O curso, que ocorreu em ambiente virtual (Eadcesaf), teve como principal objetivo capacitar os novos membros do MPTO em temas importantes para a saúde mental e para o exercício de uma atuação mais sensível e eficaz. A imersão nas técnicas de Comunicação Não Violenta (CNV) e escuta ativa visa aprimorar a comunicação interpessoal dos promotores de Justiça, promovendo um ambiente de maior compreensão, respeito e colaboração na resolução de conflitos.

A pedagoga Zeli Fernandes Aguiar conduziu o encontro, ressaltando a crescente relevância da CNV no contexto da justiça restaurativa e na promoção do bem-estar emocional. Durante a exposição, ela detalhou os quatro componentes fundamentais da CNV: observação, a importância de descrever fatos sem julgamentos; sentimentos, a identificação e expressão genuína das emoções; necessidades, o reconhecimento das motivações universais por trás dos sentimentos; e pedidos, a formulação clara e específica de solicitações.

Um aspecto central abordado foi a distinção entre observação de avaliações subjetivas. Zeli Fernandes explicou que os sentimentos servem como indicadores de necessidades atendidas ou não, e que a compreensão dessas necessidades facilita a construção de soluções para conflitos.

A escuta empática também foi um ponto de destaque na capacitação. A pedagoga enfatizou a importância de se colocar na perspectiva do outro, buscando compreender seus sentimentos e necessidades sem julgamentos, diferenciando a empatia da simpatia; esta que pode, por vezes, gerar distanciamento.

O promotor de Justiça Helder Lima Teixeira reiterou a importância do tema, reconhecendo os desafios da rotina profissional na aplicação constante dessas práticas comunicacionais. Zeli Fernandes reforçou a necessidade de momentos de reflexão para internalizar e aplicar os princípios da CNV no dia a dia.

Ao final da apresentação, a pedagoga sublinhou que a Comunicação Não Violenta é uma ferramenta poderosa que exige estudo e prática contínua para se tornar efetiva em diversos âmbitos, desde as relações pessoais até o exercício profissional.

Essa ação do MPTO, alinhada às diretrizes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para a atenção à saúde mental e à formação de seus membros, demonstra o compromisso da instituição em fornecer aos seus novos integrantes as ferramentas necessárias para uma atuação mais humanizada, ética e eficaz diante dos complexos desafios da carreira.

Texto: Shara Alves de Oliveira/ Cesaf-ESMP